quinta-feira, 27 de maio de 2010

A volta sempre parece ser mais rápida...

A rotina não me faz bem, definitivamente. Não nasci para saber onde vou estar daqui a um ano, um mês ou a semana que vem. Detesto saber o que vai acontecer depois e acho que descobri porque quando viajamos a volta sempre parece ser mais rápida. Num caminho desconhecido tudo é novidade, temos surpresas, prestamos mais atenção, guardamos as primeiras emoções na memória e arquivamos as imagens que nunca vimos. Quando o caminho já foi visto as surpresas diminuem, quase deixam de existir, tudo fica banal, as ações ficam automáticas. O tempo é realmente relativo. Filmes reprisados dão a mesma sensação, demoram menos que os inéditos. Na rotina tudo é acelerado, não sobra tempo pra nada. Não quero isso pra mim. Não quero saber o que vai acontecer a vida inteira. Prefiro cem dias diferentes que viver cem anos iguais.

sábado, 8 de maio de 2010

Desencantando

Tão comum é querer desgostar e continuar gostando. Estranho é quando se desgosta e no fundo não se quer que o gostar acabe. Mesmo que esse gostar traga mais frustrações que recompensas. No fundo apreciava aquele jogo tão disputado entre medo e esperança. Tinha medo de não ter de volta seus beijos e temia aquele olhar frio tão diferente do primeiro, mas em seguida vinha a esperança de novamente beijá-la e possuí-la, satisfazendo-me com pequenas demonstrações de carinho ou a suposição de algo mais. Quando não temos medo de perder a paixão diminui, mas quando a esperança deixa de existir a paixão acaba, e acaba com uma grande decepção, me dei conta que ela não fazia nem de longe o meu tipo, e suas idéias não correspondem aos seu atos. A lealdade é umas das maiores virtudes que se pode ter.