A rotina não me faz bem, definitivamente. Não nasci para saber onde vou estar daqui a um ano, um mês ou a semana que vem. Detesto saber o que vai acontecer depois e acho que descobri porque quando viajamos a volta sempre parece ser mais rápida. Num caminho desconhecido tudo é novidade, temos surpresas, prestamos mais atenção, guardamos as primeiras emoções na memória e arquivamos as imagens que nunca vimos. Quando o caminho já foi visto as surpresas diminuem, quase deixam de existir, tudo fica banal, as ações ficam automáticas. O tempo é realmente relativo. Filmes reprisados dão a mesma sensação, demoram menos que os inéditos. Na rotina tudo é acelerado, não sobra tempo pra nada. Não quero isso pra mim. Não quero saber o que vai acontecer a vida inteira. Prefiro cem dias diferentes que viver cem anos iguais.
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