terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Impaciência

Algumas vezes desejo que o tempo passe mais rápido, esperando não ver como as coisas mudam, mas querendo ver tudo transformado, sem os males que as mudanças causam, seja a saudade do início, o medo de não resistir ou a vontade de voltar atrás. Mas isso é bobo, é esse processo de mudança que nos amadurece e nos deixa mais avigorados, prontos para as novas mudanças que se seguirão e mesmo que insistamos no mesmo erro com as mesmas pessoas, podemos nos prevenir ou pelo menos amenizar as consequências de atos reprisados. Essa impaciência é apenas receio, receio pelo que pode se tornar muito estranho e distante, receio por nada voltar a se parecer com o que era, receio pelo o que deixamos de ser e por quem nunca teremos de volta.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


Então a onda veio e apagou toda aquela história escrita na areia da praia. Tanto empenho pra nada já que eu sabia que mais cedo ou mais tarde a onda viria. E é assim: ela faz o seu estrago e vai embora como se nada tivesse acontecido. Vou tentar ficar um pouco mais longe do mar, mas sei que um dia a maré pode subir acima do normal...

domingo, 15 de novembro de 2009

O que se faz quando não se sabe o que fazer?

Reavaliando essa condição conhecida que às vezes me é tão estranha, sinto novamente uma desordem de pensamentos. Realmente não entendo, nunca estive próximo de entender e acredito que nunca entenderei. Procuro um meio, qualquer forma de reencontrar o que foi perdido e restabelecer o elo quebrado durante as minhas súbitas mudanças de humor. Por algumas vezes detesto a quem mais gosto pra depois gostar mais ainda. O que se faz quando não se sabe o que fazer? Do que sorrir quando não existe graça em coisa alguma? Alguém me disse do que eu sou feito e eu na minha criancice (ou seria burrice?) não quis dar ouvidos.

domingo, 1 de novembro de 2009

Seleção de alguns poemas

Ciúme

Sem poder impedir que outros te toquem, fujo

Deixando-te além dos meus olhos

Porém, mesmo longe, imagino e sinto da mesma forma

O ciúme que me faz sorrir tentando disfarçar

Que me faz ver o que não existe e supor o que tu não pensas

Sentimento de repulsa e ao mesmo de afeição

Como o frio gelo que queima e arde

Quando eu sonho ser o teu único dono

(Não sei quando escrevi isso, acho que é de 2005 ou 2006)

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Sem Título

Dentro de exatas equações refaço-me
Caminhando em meio a delírios
Não canso de dizer
Não quero esquecer
O que eu sou ainda sou
O que eu fui não sou mais
O que eu serei,
Não sei.

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Sem Título

Tentei encontrar o início, tentei refazer o caminho
De nada adianta vontade sem atitude
De nada adianta atitudes sem compromisso
Enquanto faróis amplificados invadem meus olhos, reflito
Assim fujo da loucura da vida.

sábado, 10 de outubro de 2009

A memória eternamente lutando, imaginando sem saber aonde.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Saudade é ruim demais...

Andei sentindo falta de algumas pessoas. É estranho perceber que algumas relações deixam de existir num espaço de tempo tão curto que não nos damos conta de quantos dias, meses ou anos se passaram. Pessoas entram e saem de nossas vidas muitas vezes sem avisar e sem dar explicação. Algumas, provavelmente a maioria, não nos fazem a menor falta e imaginamos a razão de nos relacionarmos com tanta gente que em nada nos acrescenta. Porém existem aquelas que permanecem dentro de nossos pensamentos mesmo quando estão distantes. Aquele amigo que viajou e deixou de mandar notícias há um tempão, a amiga que casou e agora não nos dá a mínima, a ex-namorada que acha que ex-namorados não podem ser amigos. Uma vez ou outra dá uma vontade insuportável de buscar onde quer que esteja aquele alguém com quem vivemos os melhores momentos de nossas vidas, com quem demos os nossos mais verdadeiros sorrisos e choramos as mais sinceras lágrimas. É uma vontade de saber como está e saber se os sentimentos permanecem os mesmos. Mas tem também aquele amigo que morreu cedo demais, as pessoas que gostávamos tanto (e continuamos gostando) e foram embora pra sempre deixando apenas lembranças e esse vazio insuportável que por mais que o tempo passe jamais será preenchido.


“Eu tenho medo e já aconteceu, eu tenho medo e ainda está por vir...” Belchior

Volta e meia reencontro esse mesmo medo. Nova paixão. Tudo novo. Agora desprezo todas as bocas que beijei antes. Tenho certeza do que já aconteceu e tenho mais certeza do que ainda está por vir. Talvez simples fogo de palha, como na maioria das vezes. Mas vem agora esse medo de decepcionar, de complicar o que ainda está simples e que por isso mesmo é tão bom. Um temor de ficar longe por muito tempo e de que aquele pedido de desculpas não seja aceito. Um medo de gostar mais do que eu suporte ou de conquistar e depois não querer mais. Porém, ao mesmo tempo em que envolve tantas complicações e tantos medos é também algo grandioso, excitante e renovador. É fonte de nova inspiração. É letra e música. É como frio e cobertor. Goiabada e queijo. Café e leite...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vinte e Poucos Anos


Por mais que a gente tente disfarçar, os anos passam, a gente envelhece e vira adulto de uma hora para outra. A cada aniversário a gente toma um choque, caramba "tô" ficando velho! (e ainda comemoramos...). Vem uma enchurrada de responsabilidades inevitáveis, o emprego de verdade, o namoro que culminará em casamento, esse tipo de coisas das quais não podemos fugir. A ingenuidade da infância foi substituída pela perspicácia, a ousadia adolescente vai sendo sufocada e aos poucos vai dando lugar a uma prudência que no futuro pode nos impedir de buscar uma nova alternativa de felicidade. É um sentimento que nos compele a mudar nosso modo de pensar ou pelo menos o nosso modo de agir. Temos medo de nos tornarmos quarentões adolescentes (como aquele seu tio que acha que ainda está na década de 70) e viramos adultos aborrecidos com tudo. Se você ainda não sentiu, um dia sentirá o que eu estou sentindo agora, com vinte e poucos anos, cheio de atitudes e pensamentos tortos que precisam ser endireitados.

José Claudiomiro C. dos Santos,
Agora com 22 anos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quando eu penso que tudo acabou não me dou conta que tudo está apenas recomeçando.

Tudo, e não é por força de expressão, realmente tudo acaba, passa ou é esquecido. Até os átomos que compõem o universo se decompõem com o passar do tempo dando lugar a novos átomos em processos que eu nunca vou entender. Fios de cabelos caem e outros nascem. Ouvi dizer que a cada sete anos todas as células do nosso corpo são renovadas, já pensou?! Aquele moleque de sete anos atrás não existe mais! (Eu já desconfiava disso...) Se todas as coisas concretas da existência deixam de existir, o que falar então do que é intangível? Sentimentos, sonhos e lembranças. Esse tipo de coisas que poucas vezes compartilho e que são de única e exclusiva propriedade minha.

Acho extremamente complicado lidar com esse tipo de situação porque tenho uma necessidade infantil de nunca me desfazer do que gosto, e até compreendo isso, mas devo reconhecer que a roda da vida não pára e que se eu acumulasse tudo o que cativo não teria espaço para o novo, a aventura do totalmente desconhecido.

Sei que tenho que rever meu conceito ultrapassado de beleza, esquecer lembranças ruins e todos os maus sentimentos causados por elas. Trocar sonhos antigos e impossíveis por novos sonhos palpáveis e realizáveis (isso eu sei que não consigo). Amores velhos e falidos têm que dar espaço a novos amores.

Não posso manter paixões, prazeres e pessoas em minha vida. Entendo que devo aceitar e deixar que tudo passe para ter essa sensação tão boa (ou seria melancólica?) de recomeço.

domingo, 16 de agosto de 2009

Quem cala realmente consente?

Não suporto esse meu calar quando mais devo falar, aprisionando palavras em vez de pronunciá-las. Entendo que essa negligência me faz cúmplice de tudo e traz algumas consequencias que nunca poderão ser reparadas. Já calei por medo diante de tantas dores, diante de tantos anseios, em meio a sentimentos bons e ruins que mereciam ser explícitos e que no máximo ficaram subentendidos. Hesitei perante diversos insultos que deveriam ter sido revidados ainda que a resposta fosse menos impetuosa e mais corrosiva. Emudeci mesmo quando existia um nó na garganta e até quando sabia que estava certo. Silenciei frente a tantos acontecimentos, fatos totalmente contra os meus princípios e ideais que algumas vezes desconheci a mim mesmo.
Arrependo-me de não ter dado aquele conselho e de não ter apenas dito o que eu pensava a respeito. Envergonho-me pelo meu desmazelo nas situações que exigiam que eu tivesse mais firmeza em vez de brandura. Sinto-me fraco por ter acatado decisões alheias sobre a minha vida que apenas eu e mais ninguém deveria ter tomado.
É uma espécie de covardia combinada com uma vontade irracional de manter a ordem das coisas. Mas espera aí! Quem disse que as coisas precisam ser mantidas em ordem? Quem disse que essa ordem tão buscada é realmente a mais sensata das buscas? Não será que se tudo estivesse fora de ordem e bagunçado, eu não teria uma visão mais verdadeira e imparcial do meu mundo e até do mundo dos outros? Quer realmente saber? Quando calo não estou consentindo coisa alguma.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Coisas que acho extremamente difíceis...

Perdoar erros propositais
Acreditar que as pessoas possam mudar
Amenizar para não machucar
Mentir para parecer melhor
Discutir o que não tem solução
Voltar ao mesmo ponto (que já foi discutido)
Esquecer sonhos antigos
Esquecer velhos amigos
Fingir que nada aconteceu
(...) a lista continua.

domingo, 9 de agosto de 2009

Por que você demorou tanto?

As vezes tenho a sensação de que se tivesse conhecido algumas pessoas há mais tempo tudo seria melhor. Por que algumas pessoas demoram tanto tempo pra nos encontrar? Como sentir a falta de quem ainda nem se conheceu? Como se conta os dias pra que rostos desconhecidos cheguem e façam tudo ficar mais colorido? E quando chega parece que já se conhece de tanto tempo...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quem poderia imaginar que durante esse tempo de novos olhares para além de velhas espectativas poderíamos aprender com nossos piores inimigos? Sim. Na verdade somos calculados por sermos falíveis e vulneráveis. Essa dor constante, latejante e que dilacera, permanece. O medo nos desviou dos propósitos. Fomos postos a prova e não superamos nossas fraquezas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pensamentos tortos, perguntas sem respostas e algumas respostas para nenhuma pergunta. É estranho perguntar o porquê do céu ser azul e alguém falar na refração da luz e na atmosfera, como explicar e entender tudo?

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Um submundo dentro de nós sempre vem nos dizer que não pertencemos a isso, que somos muito mais. Não, tudo o que dissermos não tem nenhum valor se pronunciado sem compromisso. O amanhecer de novos dias revela que todo dia é dia de ser feliz, de fazer diferente.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Somos tudo aquilo que aceitamos de nossa herança.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Com a cabeça leve e pronta para pensar em qualquer coisa
Livre de qualquer culpa por não me sentir culpado
Quase acreditei em falsas promessas
Quase me iludi com palavras doces
É hora de simplificar e deixar tudo mais claro
É hora de acreditar duvidando
Aceitar recusando
Amar odiando
É hora de ser diferente
É hora de ser torto.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Meu bem, pena que as coisas não são bem assim,
Um ponto final nem sempre quer dizer um fim.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Nós dois não poderíamos dar certo,
És verdade absoluta
Eu, mentira descarada.